17 setembro 2010

Shadow of the Colossus

"Algumas montanhas devem ser escaladas. Outras devem ser exterminadas."

Muito bem gente, vamos falar de videogames.

E já que é para inaugurar o blog com estilo, eu vou falar desse que é, provavelmente, o meu jogo favorito.

Shadow of the Colossus (ou SotC) não é apenas um jogo. É uma obra de arte. Segundo jogo da (provável) tetralogia de Fumito Ueda, ele mantém alguns aspectos do primeiro jogo da série (Ico, quem sabe outro dia eu falo dele aqui) e melhora alguns tantos.

Dá para notar que o jogo foi feito com um zelo sem igual, não só pela estética mas pela atenção aos menores detalhes. Na realidade, logo quando Ico foi lançado, Ueda disse que a equipe caprichou de tal forma nos cenários que qualquer screenshot do jogo pareceria uma obra de arte.

Missão cumprida então.

Mas é, vamos falar do JOGO.

A história do jogo é uma sacada genial, porque ela simplesmente não existe.

Veja bem: Quando você jogar o jogo, você estará de frente para uma folha em branco. O jogo é aquilo e nada mais. O porquê do jogo ser o que é, a história, nunca é revelada. O lance é que a história do jogo deve ser criada por cada jogador, cada um criando sua história diferente.

Isso cria um nível de imersão muito satisfatório, já que você criou a motivação do personagem principal, logo, você a entende.

Mas esse não é o único motivo porque esse jogo é diferente dos outros. Ó não. Há vários motivos.


Um deles, é a ideia de solidão. Você tem a sua frente um mundo (me perdoem a piada) COLOSSAL... E nele não tem nada. Você não vai achar nada nele. É só você e seu cavalo. E alguns animais pequenos que aparecem de vez em quando. Ah, e os colossos.

Sim, você vai ter que matar isso.

O jogo não tem inimigos espalhados pelo mapa como é convencional (É, esse jogo não tem nada de convencional). O jogo tem apenas 16 inimigos, os colossos, que são esses bichotes enormes que ficam escondidos nos confins mais espalhados do mapa e que você deve escalar e matar.

É.

É.

Por último, o jogo causa uma ligação emocional muito grande, coisa que já foi explorada em Ico. Você tem esse personagem que você não controla, no caso aqui, o Agro.

O Agro é o cavalo. Você não controla ele, e as vezes ele não é o melhor dos cavalos. De vez em quando, ele vai entrar em pânico ao ver um colosso e vai começar a correr por aí. Mas de qualquer forma, sempre que você o chamar, ele virá até você. A coragem e a lealdade do cavalo são inspiradoras, e a relação de amizade entre ele e o seu dono é no mínimo tocante. Você de fato desenvolverá uma ligação emocional com o personagem principal e com seu companheiro equino, o que aumenta ainda mais a imersão.

E sem esquecer dos gigantes de pedra.

Que você mata.

Com uma espada.

Espadinha dumal.

Então é isso que eu quero dizer. Em resumo, Shadow of the Colossus é um ótimo jogo e uma experiência admirável, que eu recomendo para todos. Não só é um jogo divertido, mas também é bonito e profundo. Um conto épico de amizade, lealdade e de matar gigantes de pedra.

Save and quit.
- Ele

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